sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

A BELEZA DOS DIAS COMUNS...

No final do dia, o marido se dirige à esposa e diz: “Hoje foi um daqueles terríveis dias comuns”.

Acho muito interessante como temos uma visão errada sobre os “dias comuns”.

Dias comuns são aqueles dias em que tudo foi exatamente como sempre havia sido antes. Normalmente eles são reconhecidos como tediosos e maçantes.

Prefiro observar os “dias comuns” de forma diferente (até porque a maior parte dos nossos dias são “comuns”, se eles forem chatos, a nossa vida tende a ser uma chatice só!).

Para mim, os “dias comuns” têm grande valor. Quer ver?

* nos dias comuns eu não estou doente nem estou com dor (quando tenho alguma dor, o dia não é um dia comum).
* nos dias comuns ninguém que eu amo faleceu ou está muito doente (quando alguém que eu amo está sofrendo, os dias não são comuns).
* nos dias comuns não perco o meu emprego.
* nos dias comuns a minha vida não está envolvida em nenhum escândalo ou catástrofe.
* nos dias comuns as pessoas que eu amo também me amam e não estão “de mal” comigo.
* nos dias comuns eu não passo fome e nem frio.
* nos dias comuns eu não participo das guerras e nem vejo a morte bem perto de mim.
* nos dias comuns o sol não provocou uma seca e nem a chuva provocou uma enchente.
* nos dias comuns não sou assaltado nem seqüestrado.
* nos dias comuns os amigos não me traem.
* nos dias comuns estou em paz.

Viu? Dias comuns podem se tornar tediosos, mas dias “especiais” (não comuns), podem ser muito difíceis e sofridos. Por isso, prefiro os dias comuns e escolho valorizá-los.

Há alguns dias atrás tive um problema de saúde. Passei mal e tive dor. Nesse momento, fiquei lembrando do dia anterior… um “dia comum”.

No ordinário dos “dias comuns” eu vejo a mão de Deus. Por isso, sou grato pela beleza dos “dias comuns”.

Luís Eduardo Machado
Extraído do site http://www.jesusite.com.br/

Eu estava procurando algo para escrever sobre a igreja que me acolheu neste ano e depois de muito pensar dei uma passada bem rápida no site da Ibb, na verdade, com a intensão de achar parte da história de Betania já escrita por alguém ou de repente pelo pastor Neil que tantas vezes a conta nas demoradas reuniões de transferência. Neste ano gente, eu tive junto com meu marido, que se chama Vagner, o privilégio de participar de uma dessas reuniões e de permanecer na igreja depois dela. Não foi fácil, mas ninguém falou que seria.

Na outra postagem eu falei sobre o responsável pela minha vinda a Betania, meu amigo Rodrigo, mas Deus já havia, com certeza, arquitetado tudo isso, é muita coisa se encaixando, é luta pra todo lado, dificuldades intermináveis e bênçãos batendo na porta a todo minuto. Depois de meses falando, um dia eu vou lá e de um mês pertubando e dizendo eu quero ir lá, estar em Betania foi bem diferente do que eu imaginei. Da tenda azul eu já sabia, mas a quantidade de gente me assustou. O pastor também no primeiro momento. Sentei no banco que estava no meio da igreja no primeiro culto que assisti, é gente, assisti, foi uma tortura. Hoje eu acho que todos percebem o porque, eu gosto mesmo é de sentar na frente, mas calma, é só pra não fazer bagunça e perder a bênção. No primeiro dia não deu pra fazer bagunça, na verdade, nem bagunça é, eu perco mesmo é a atenção, neste dia nem isso aconteceu, no meio de tanta gente eu mesma me perdi. Tinha meu marido, meu amigo, a namorada do meu amigo e os amigos deles e tudo mais, só que ainda assim, estava eu como um peixinho fora d'água. Fui embora apenas com uma certeza, eu vou voltar.

Nos outros cultos, eu fui indo pra perto do painel. Sentei mais na frente. Pra ler alguma coisa, que nada. Queria conhecer os surdos, ver as intérpretes, aprender um pouco mais de libras. Observar as meninas da dança. O menino também. Graças a Deus eu fiz isso. Me senti bem melhor. Conheci o Leanderson, surdo, amigo e minha âncora amada em Betania. Gente, Jesus tem tudo a ver com isso mas falo de pessoas porque elas foram extremamente importantes nesse momento pra mim. Eu ficava com os olhinhos arregalados durante os cultos, tentando entender as coisas que acontecia. Igreja grande tem um ritmo diferente. Igreja Batista na minha consepção era mais diferente ainda. Descobri que nem tanto. E aos poucos ainda descubro Betania. Sei da tua história. História que o pastor Neil, de uma forma singular, faz questão de contar para todos que querem se tornar membros da igreja e sabe, fazendo isso ele faz também com que as pessoas que chegam sintam-se parte dessa história. Eu pelo menos me sinto assim. A reunião que falei anteriormente é um dos mecanismos para que isso aconteça.

Falar de Betania não é difícil, já falei bastante, mas também não é tarefa fácil. Sinto o tempo passar rápido. Tem tanta coisa pra se fazer, tanto para colaborar. São dias simples que vivemos na tenda azul e fora dela também mas são dias abençoadores. O texto que escolhi pra colocar junto com minhas palavras nessa postagem foi publicado no boletim no dia do meu recebimento, dia 26 de julho de 2009, o dia que passei a compor o rol de membros da igreja. Uma igreja, que como o pastor diz, tem muitas pessoas problemáticas mas são essas mesmas pessoas, pessoas orgulhosas de serem betanenses, que buscam adorar a Deus simplesmente porque Ele é e sempre será Deus.

Enquanto, contemplamos a beleza dos dias simples, aprendemos na palavra a ser gente como gente tem que ser e fazer da coisa principal a coisa principal.

Nenhum comentário: