terça-feira, 22 de dezembro de 2009

UMA NOVA HISTÓRIA...

Sai de tua tenda
Oh filho meu, e te mostrarei as estrelas do céu
Sai da tua tenda
Oh filho meu, e te mostrarei a areia do mar

Será que podes contar
Será que podes imaginar
Tudo aquilo que sonhei para ti filho meu
O que minhas mão fizeram para ti filho meu
Minha benção será sobre ti

Uma nova história Deus tem pra mim
Um novo tempo Deus tem pra mim
Tudo aquilo que perdido foi
Ouvirei de sua boca: "Te abençoarei!"
.
Amigo, essa música do Fernandinho é linda e realmente traduz minha nova história. Epa! Desculpa gente, eu me esqueci de fazer as apresentações necessárias. Meu nome é Carina e esse moço na foto comigo é meu amigo de infância, Rodrigo. Embora, morando distante um do outro, mais ou menos uns 100 km de separação, somado a amigos, costumes e pensamentos diferentes... bem, essas coisas não foram suficiente para impedir a realização dos planos de Deus em nossas vidas.
.
Em pleno carnaval, um menino com uma bola azul batendo nos outros e uma menina irritada com as boladas recebidas. Um levantar de máscara diante dessa cena selou uma amizade que poderia ser briga na certa. Ainda bem, mas naquela época não sabíamos quanto nossa amizade seria importante. No momento, mais pra mim. Talvez em outros momentos, mais pra você. E nos nossos momentos, mais pra nós dois. Confusão, né! Antes também era. Amigos sim, de fins de semanas, feriados prolongados, férias. Benditas férias. Saudades dos dias na praia, não tinha que me preocupar com protetor solar, bolsas, vagas pra estacionar, hora de ir pra casa. Saudade de ver você amigo chegar e com seu sorriso dizer: Acorda menina, o verão começou! Tardes lindas em uma orla que hoje não tem mais tanta graça.
.
E as cartas? Caraca, estamos velhos. Na época que nos conhecemos, criança não tinha telefone celular, nossa, que celelular que nada, até convencional era difícil. Tinha que ser mesmo no papel e na caneta. Computador? Mal se falava nele. Internet, bem o que era nessa época? Acho que era as idas nos portões alheios, a troca de olhares para falar de assuntos particulares, as conversas intermináveis que duravam poucas horas mas que se eternizaram em nossos corações. Os assuntos, que assuntos, o mais importante era estar perto, dar um tapa, rir do tapa, contar piada, ser a piada, encantar o outro e deixar-se encantar. Salas de bate-papo, bem, só tínhamos na casa da Tia Margareth ou na esquina do valão, era lá que o povo se reunia, a galera de sempre, nos mesmos dias e horários, o tempo, eu acho, passava mais devagar pra gente.

E assim crescemos... um lá e outro cá... as cartas foram diminuindo... diminuindo... e desapareceram.

Nossos encontros na cidadezinha que pra um era o lar e pro outro passeio foi se tornando diferente, o menino trocou a bola por uma garrafa e a menina a bolada pela fé. Era estranho, eu andando com aquelas saias enormes, indo para igreja, toda séria, às vezes nem tão séria, com poucos amigos, arrumando desculpa até mesmo para estar distante do grupo que você pertencia nos tempos de folga mas que fazia parte do restante do tempo da minha vida. Era encontro toda hora, na escola, na rua, em casa também. Mães sempre carregam seus filhos quando visitam os vizinhos. Você, sempre muito feliz na cidade litorânea, ia pra lá e pra cá, rodeado de gente, por hora não gente, era praia de dia pro sol bronzear, praia de noite pra zoar, praia de madrugada. Como esse menino gosta de praia, meu Deus, eu pensava. E ia uma galera atrás, a minha galera da semana que nesses momentos eram completamente diferente.

E o tempo passou... essa época também passou... as idas, os encontros, a vida... ficou tudo mais difícil.

Mas o telefone chegou em nossas casas, aliás, eu também mudei de casa. Fui morar pertinho, nao sei a quilometragem, mas ficamos separados por 10 minutos de carro. Ai eu parei e me perguntei um dia: pra quê? cadê a vantagem? moramos agora do lado, e nos ver, conversar, rir, trocar uma idéia, ficar em silêncio, tudo parece impossível. Antes era melhor, vida de criança facilitava tudo isso. O que me confortava dentro das impossibilidades era a oportunidade que eu tinha de desejar feliz aniversário pra ti. Que felicidade poder falar ao menos uma vez no ano: ei, eu lembro de você menino mais velho que eu oito dias.

E a nossa amizade ficou assim... reduzida a simples cumprimentos... bem, era o que eu pensava.
.
Deus é maravilhoso e fez uma reviravolta na tua vida e na minha também. Sei
que temos uma história longa pra contar depois disso mas vou me ater e reduzir meu texto ao que é mais importante, agradecer ao meu amigo por tudo, e ao título que dei para esta postagem.
Uma nova história... Foi isso que Deus começou a escrever quando nos encontramos pela primeira vez em Mangaratiba, não sabíamos o porque, mas ele já estava traçando os caminhos que nos levaria cada vez mais perto d'Ele em nossa história. Sabe, eu fico extremamente feliz em ver o quanto Deus me abençoou com a tua vida, antes e agora, o quanto posso agradecer por ter tido o cuidado que eu necessitava através de um menino que se tornou amigo e de um homem que tenho como irmão. Uma pessoa simples, que na condição de instrumento, foi usado poderosamente e acrecentou vida aos meus dias, alegria a minha família, gratidão em meu coração. Conduziu-me a um outro órgão do corpo de Cristo, deu-me as mãos para ajudar-me na caminhada, ouvidos para os desabafos constantes, abraços para aliviar dor e broncas para potencializ[a-las e assim gerar cura. Pessoa amada, sempre com uma palavra de carinho vinda direto do trono do Senhor.
.
Estar em Betania, mais que isso, ser betanense é fruto dessa história que aqui contei resumidamente e da nova história que Deus tem pra nós.
Deus nos abençoe!

Nenhum comentário: